A Marinha do Brasil (MB) realizará, nas águas da Baía de Todos-osSantos, no período de 23 a 27 de outubro, o Exercício MINEX-23, quando ocorrerá o lançamento real de minas marítimas de exercício, sem cargas explosivas.
A MINEX-23 contará com a participação de diversos navios da Marinha sediados na cidade, como os Navios-Varredores Atalaia e Araçatuba, a Corveta Caboclo e o Aviso Balizador Aldebaran, lanchas da Capitania dos Portos da Bahia, o Navio-Patrulha Oceânico Apa, vindo do Rio de Janeiro, e Sistemas Marítimos Não Tripulados.
“O exercício tem como objetivo o aprestamento dos meios navais subordinados ao Comando do 2º Distrito Naval, no que se refere às operações de minagem e contramedidas de minagem. Esse tipo de operação se destina a manter livres da ameaça de minas as linhas do tráfego marítimo ao longo do nosso litoral, as áreas marítimas adjacentes aos portos, terminais e plataformas, bem como as possíveis áreas de operações das Forças Navais”, explica o Capitão de Mar e Guerra Marcos Paulo Beal, Encarregado do Grupo de Avaliação e Adestramento de Guerra de Minas.
Navio- Varredor Atalaia
Contramedidas de minagem
Sediado em Salvador (BA), o 2º Distrito Naval é líder na área de conhecimento de Minagem e Contramedidas de Minagem na Marinha do Brasil, o que se dá, efetivamente, por meio da Força de Minagem e Varredura, Organização Militar que fica sediada no Complexo Naval de Aratu. “Temos três navios varredores que atuam nas operações dessa natureza. Desses três, dois estarão na MINEX. Recentemente, no dia 5 de outubro, os Navios-Varredores Atalaia e Araçatuba operaram, pela primeira vez, com o Submarino Riachuelo, garantindo águas seguras por ocasião de sua chegada ao primeiro porto visitado diferente da Base de Submarinos da Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ), sua sede. O exercício realizado com o Submarino Riachuelo reforça a importância da realização deste tipo de operação por ocasião da entrada e saída de porto dos submarinos, em especial dos futuros submarinos de propulsão nuclear”, ressalta o Comandante da Força de Minagem e Varredura, Capitão de Fragata Ricardo do Nascimento Leira.
O Comando do 2o Distrito Naval possui o Grupo de Avaliação e Adestramento de Guerra de Minas, criado em 2006 com a missão de produzir informações operacionais de guerra de minas. Neste exercício, também participam veículos não tripulados, desenvolvidos pelo Centro de Análises de Sistemas Navais e pela empresa Tidewise, que possui parceria com a Empresa Gerencial de Projetos Navais.
“Esses veículos não tripulados serão empregados de forma pioneira, a fim de tornar as operações mais seguras e eficientes. É uma operação muito técnica, que requer a utilização de tecnologias muito desenvolvidas e de extrema importância para se manter um ambiente naval seguro e controlado nos casos de uma situação real, como podemos ver, por exemplo, no caso da guerra Rússia e Ucrânia, onde diversas minas marítimas estão sendo utilizadas para o bloqueio do transporte de cargas por via marítima”, exemplifica o Capitão de Mar e Guerra Beal.
Fonte: TRBN